Tradução do texto das páginas 190 e 191, contido na apostila 2, parte 5.
Professora Rebeca Bertti
UNIFESP
The New York Times on the web
The New York Times na
internet
The Rush to Enhancement: Medicine Isn’t Just
for the Sick Anymore
A corrida para o aperfeiçoamento: Medicina não é mais só para os
doentes
By Sherwin B. Nuland
Por Sherwin B. Nuland
Until the mid-1960s, medical research was
primarily driven by the desire to solve the problems of sick people.
Até aproximadamente metade dos anos 60 (ou meados dos anos 60), a
pesquisa médica era predominantemente dirigida pelo desejo de resolver os
problemas das pessoas doentes.
Although Aristotle was what might be termed
today a pure laboratory investigator, with no thought of the clinical
usefulness of his findings,
Embora Aristóteles fosse o que seria nomeado hoje como um puro
investigador de laboratório, sem pensamento (ou preocupação) na utilidade
clínica de suas descobertas,
the vast majority of those physicians later
influenced by his contributions to biology were trying to solve the mysteries
of human anatomy and physiology for the distinct purpose of combating sickness.
A grande maioria dos médicos influenciados mais tarde por suas
contribuições para a biologia tentava resolver os mistérios da anatomia humana
e da psicologia para propósito específico de combater doenças.
The discovery of blood circulation in the 17th
century, the elucidation of the anatomical effects of disease in the 18th, the
introduction of antisepsis and anesthesia in the 19th,
A descoberta da circulação do sangue no século XVII, a elucidação dos
efeitos anatômicos das patologias no século XVIII, a introdução da antissepsia
e da anestesia no século XIX,
the development of antibiotics and cardiac and
transplant surgery in the 20th – all of these were the direct results of
physicians and others having recognized a specific group of challenges that
stood in the way of making sick people better.
O desenvolvimento dos antibióticos, cirurgias cardíacas e transplantes
no século XX – tudo isso foi resultado direto de médicos e outros profissionais
terem reconhecido um grupo específico de desafios que dificultaram o caminho de
fazer as pessoas doentes melhorarem (dificultaram a cura dos doentes).
Armed with knowledge of the disease processes,
they entered their laboratories to address specific clinical issues.
Equipados com o conhecimento dos processos patológicos, eles entraram
nos laboratórios para analisar doenças clínicas específicas.
Their goal was improving the lot of actual
patients, often their own. The rise of molecular biology since the late 1950s
has had the gradual and quite unforeseen effect of turning the eyes of medical
scientists increasingly toward the basic mechanisms of life, rather than
disease and death.
O objetivo deles era testar muitos dos pacientes reais (buscando a
melhoria), geralmente os deles mesmos. O crescimento da biologia molecular
desde o fim dos anos 50 teve o efeito gradual e muito imprevisível de voltar os
olhos dos cientistas médicos cada vez mais para os mecanismos básicos da vida,
ao invés de doenças e morte.
Of course, this has always been the orientation
of all non-medical biologists, studying growth, reproduction, nutrition or any
of the other characteristics shared by all living things.
É claro que, essa sempre foi a orientação dos biólogos não-médicos,
estudando crescimento, reprodução, nutrição ou qualquer outra característica
compartilhada por coisas vivas.
But now the boundaries have become blurred,
between research that will alter the approach to disease and research that will
alter the approach to life itself.
Mas agora os limites tornaram-se confusos, entre pesquisas que
alterarão a abordagem das patologias e pesquisas que alterarão a abordagem da própria
vida.
While until very recently the bedside usually
determined what was done in the medical research laboratory, the findings
coming out of the laboratory nowadays are just as likely to tell the clinician
what he can do at the bedside. The tail often wags the dog. In fact, the tail
is becoming the dog.
Enquanto até bem recentemente a prática clínica geralmente determinada
o que era feito nas pesquisas médicas laboratoriais, as descobertas dos
laboratórios atuais são apenas para informar aos clínicos o que eles devem
fazer na prática. O rabo frequentemente abana o cão. Na verdade, o rabo está se
tornando o cão.
(Texto condensado e adaptado.
Encontra-se na íntegra no endereço
Tradução na íntegra:
A corrida para o aperfeiçoamento: Medicina não é mais só para os
doentes
Por Sherwin B. Nuland
Até aproximadamente metade dos
anos 60 (ou meados dos anos 60), a pesquisa médica era predominantemente
dirigida pelo desejo de resolver os problemas das pessoas doentes. Embora
Aristóteles fosse o que seria nomeado hoje como um puro investigador de
laboratório, sem pensamento (ou preocupação) na utilidade clínica de suas
descobertas, a grande maioria dos médicos influenciados mais tarde por suas
contribuições para a biologia tentava resolver os mistérios da anatomia humana
e da psicologia para propósito específico de combater doenças. A descoberta da
circulação do sangue no século XVII, a elucidação dos efeitos anatômicos das
patologias no século XVIII, a introdução da antissepsia e da anestesia no
século XIX, o desenvolvimento dos antibióticos, cirurgias cardíacas e
transplantes no século XX – tudo isso foi resultado direto de médicos e outros
profissionais terem reconhecido um grupo específico de desafios que
dificultaram o caminho de fazer as pessoas doentes melhorarem (dificultaram a
cura dos doentes). Equipados com o conhecimento dos processos patológicos, eles
entraram nos laboratórios para analisar doenças clínicas específicas. O
objetivo deles era testar muitos dos pacientes reais (buscando a melhoria),
geralmente os deles mesmos. O crescimento da biologia molecular desde o fim dos
anos 50 teve o efeito gradual e muito imprevisível de voltar os olhos dos
cientistas médicos cada vez mais para os mecanismos básicos da vida, ao invés
de doenças e morte. É claro que, essa sempre foi a orientação dos biólogos
não-médicos, estudando crescimento, reprodução, nutrição ou qualquer outra
característica compartilhada por coisas vivas. Mas agora os limites tornaram-se
confusos, entre pesquisas que alterarão a abordagem das patologias e pesquisas
que alterarão a abordagem da própria vida. Enquanto até bem recentemente a
prática clínica geralmente determinada o que era feito nas pesquisas médicas
laboratoriais, as descobertas dos laboratórios atuais são apenas para informar
aos clínicos o que eles devem fazer na prática. O rabo frequentemente abana o
cão. Na verdade, o rabo está se tornando o cão.